3ª matéria

segunda-feira, 10 de março de 2008

Informativa:

Partido Socialista vence eleições na Espanha

Atual premiê espanhol foi reeleito

O partido de José Luis Rodríguez Zapatero, o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), venceu as eleições do dia 9 de março. Com 99,86% dos votos apurados, os socialistas tinham 169 das 350 cadeiras no Congresso dos Deputados (48,3%).


O PSOE ficou a poucos votos para obter a maioria absoluta do parlamento, representada por 176 assentos. Enquanto isso, a oposição conservadora representada pelo PP (Partido Popular) conquistou 154 cadeiras (44%).

Mesmo sem a maioria absoluta, os socialistas afirmam ter alcançado uma "maioria suficiente" para colocar seus planos em prática. Zapatero disse hoje (10), em suas primeiras declarações, que essa vitória é "suficiente, forte e sólida". No entanto, não deixou claro que estratégias usará para conquistar pactos ou alianças no Congresso.

Assista ao vídeo com as primeiras declarações de Zapatero após vencer as eleições. O premiê destaca a grande participação dos eleitores (75,35%) e agradece aos espanhóis que confiaram em seu mandato. Também esboça seus principais propósitos nos próximos quatro anos.

Interpretativa:

Partido Socialista Espanhol a poucas cadeiras da maioria absoluta

Por sete assentos, o chefe de governo Zapatero terá de buscar aliados


O PSOE, partido do atual premiê da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, conquistou 169 cadeiras do Congresso dos Deputados. Os socialistas ficaram a sete assentos do número estipulado para obter maioria absoluta - 176. Na Espanha, o Congresso tem um papel mais importante do que o Senado.

Um dia após as eleições parlamentares de 9 de março, Zapatero considerou a vitória sobre o conservador PP (Partido Popular) como “suficiente, forte e sólida”. Porém, os socialistas terão de conseguir alianças com partidos minoritários para obter apoio a seus projetos.

Os partidos pequenos perderam espaço, ficando com apenas 23 vagas no Congresso. As 322 restantes serão ocupadas pelo PSOE e pelo PP – que teve 154 eleitos. Isso reforça o bipartidarismo, característico no país atualmente.

Apesar de certo sobre a suficiência do governo nos futuros quatro anos, Zapatero não esclareceu que estratégias usará para conquistar alianças no parlamento. Outra dúvida é a respeito do concorrente perdedor, Mariano Rajoy (PP) na política. À frente do partido conservador, o líder acabou por fracassar frente a Zapatero pela segunda vez consecutiva nas eleições à Presidência do Governo.

Entenda as eleições espanholas

Na Espanha, as eleições ocorrem por sufrágio universal. Para estar apta a votar, basta que a pessoa seja maior de 18 anos e esteja inscrita no censo eleitoral.

As listas eleitorais são "fechadas", o que implica na impossibilidade de votar em candidatos de partidos diferentes. Também não é possível mudar a ordem dos candidatos nas cédulas.

O voto é direto, livre e opcional. Os cidadãos elegem diretamente seus representantes por meio de listas eleitorais que apresentam os diferentes partidos.

A Espanha é dividida em 50 circunscrições eleitorais, representativas das 50 províncias do país. Outras duas circunscrições são das cidades autônomas de Ceuta e Melilla, situadas na costa do continente africano. Cada província tem direito a eleger no mínimo dois deputados, e cada cidade autônoma, um.

A distribuição das cadeiras é feita segundo a regra de D''Hont. De acordo com esse método, deve-se dividir o número total de votos válidos de uma circunscrição, entre o número de cadeiras que ela deverá ter.

Opinativa:

Zapatero conquista mais um mandato

Socialistas e conservadores dividem maioria das cadeiras do Congresso espanhol


Os espanhóis reelegeram o governo da situação, no dia 9 de março. O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) de Zapatero (à direita) venceu o conservador PP (Partido Popular) de Rajoy, com 48,3% contra 44%.

No total, socialistas e conservadores dividem 322 cadeiras do Congresso dos Deputados. O restante – somente 28 assentos – será ocupado pelos partidos minoritários, como a Esquerda Unida, o Partido Nacional Basco, o CiU (Convergência e União) e os partidos regionais separatistas.

A Espanha, dessa forma, reforça o bipartidarismo. Lá apenas duas vozes são altas o suficiente para tomar decisões. Em contrapartida, os partidos pequenos são de extrema importância tanto para conservadores como para socialistas. Como o PSOE obteve 169 cadeiras, ficando a sete assentos da maioria absoluta, precisa buscar alianças. E o alvo de tentativas de pactos são justamente as minorias, que podem fazer a diferença na aprovação de projetos.

A terceira força política da Espanha, o partido catalão CiU, provavelmente irá apoiar os socialistas. O líder do CiU, Josep Duran i Lleida, parece aberto à negociação com o governo. Josu Erkoreka, chefe do Partido Nacional Basco, já anunciou que seu suporte ao PSOE continuará. Caso esses dois partidos se aliem à situação, serão 17 cadeiras a mais entre os socialistas.

O líder da Esquerda Unida, Gaspar Llamazares, reclamou do “sistema eleitoral injusto e bipartidarista” da Espanha. Devido ao sistema, os 3,8% de votos conquistados pelo partido se reduziram a menos de 1% das cadeiras no Congresso, resultando em insignificantes dois assentos.

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by TNB