terça-feira, 18 de março de 2008
Escrever uma crítica sobre qualquer produto cultural.
Brincadeira de criança
Um Verão para Toda Vida conquista abordando sentimentos infanto-juvenis
Quatro meninos órfãos, uma capitã, um motoqueiro herói, uma jovem sedutora, um pescador e um cavalo. Esses são alguns dos ingredientes que movem a história de Um Verão para Toda Vida, filme australiano adaptado do romance de Michael Noonan, com direção de Rod Hardy.
O longa se passa no final dos anos de 1960, no sul da Austrália. Maps (Daniel Radcliffe), Spark (Christian Byers), Spit (James Fraser) e Misty (Lee Cormie) são garotos com algo a mais em comum além de serem órfãos: todos são nascidos no mês de dezembro. Como presente de aniversário do convento onde moram, eles vão passar férias de verão na praia. Assim, saem da rotina de aulas e tentativas de diversão sob a opressão das freiras.
Na liberdade do litoral, os garotos se divertem e, curiosos que são, passam a descobrir coisas sobre a vida dos habitantes do local. Até que Misty escuta que o motoqueiro do circo e a esposa querem adotar um dos órfãos. A partir daí, conflitos surgem, tanto internamente em cada garoto, como na amizade entre eles. Será a quase relação de irmão colocada em xeque por essa competição?
O orçamento de Um Verão para Toda Vida foi de US$ 4 milhões. Lançado em 2 de novembro de 2007, é o primeiro filme do intérprete de Harry Potter, Daniel Radcliffe, após cinco longas da série. O ator convence como o mais velho dos órfãos, envolvendo-se pela primeira vez com uma garota. As pequenas doses de ingenuidade e timidez passadas pelo ator rendem boas cenas. É interessante vê-lo em outro papel que não o bruxo de Hogwarts. Nesse filme, sua personagem protagoniza juntamente com Misty.
Algumas perguntas surgem durante o desenrolar da história. Ao assistir aos extras, nota-se que certos vídeos excluídos clareariam fatos que ficaram um tanto quanto inexplicados. Porém, nada que comprometa o entendimento geral da história.
Este é um filme com crianças, mas nem um pouco infantil. Quem assiste ou ficará com saudades da infância, ou sensibilizado por uma história tão delicada. Com um final emocionante, o espectador tem certeza da importância de singelos momentos da vida e daquele verão para os garotos de dezembro.
1 comentários:
Legal a tua crítica Dani! Não sei se chegasse ler o que escrevi sobre o filme no meu blog, mas concordo em alguns aspectos contigo! Principalmente sobre ser um filme COM crianças e não DE crianças. Vou acessar mais teu site! Já tinha lido a tua crítica de A Estranha Perfeita e concordado! Quanto ao Juno, eu baixei uma versão da internet com a imagem perfeita! Já que não chega em Pelotas é o jeito! Odeio me render a esse tipo de atitude, mas não aguentava mais esperar! Beijo
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